Projeto Integrar para promover a qualidade de vida no CCA
A música, a dança e a capoeira têm um impacto profundo na vida das crianças e adolescentes, pois são instrumentos efetivos de inclusão, expressão, desenvolvimento emocional e fortalecimento de vínculos sociais. Por meio da arte, crianças aprendem a se expressar, a lidar com emoções, a respeitar o outro, a valorizar a cultura e a construir um futuro com mais esperança. Com grande alegria, o Instituto Meninos de São Judas Tadeu recebeu uma verba parlamentar destinada pelo vereador Hélio Rodrigues, e esse importante apoio tornou possível o início das oficinas de música, dança e capoeira com as crianças atendidas pelo CCA Pe. Gregório Westrupp. O CCA (Centro para Crianças e Adolescentes) tem como objetivo principal contribuir para a proteção de meninas e meninos de 6 a 14 anos e 11 meses que vivem em situação de vulnerabilidade social, atendendo em horário alternado ao da escola.
As oficinas já estão em andamento e têm mostrado resultados promissores. O sorriso no rosto das crianças e adolescentes, o brilho no olhar ao tocar um instrumento, o entusiasmo ao dançar ou ao praticar os movimentos da capoeira são sinais claros de que investir em arte é investir em transformação social. Para aprofundar a compreensão sobre esse projeto e seu impacto, convidamos três pessoas que participaram ativamente dessa conquista a compartilharem suas visões e sentimentos: a coordenadora pedagógica do Instituto Meninos de São Judas Tadeu, Evanilde Feitosa, a gerente de serviços do CCA, Silvian Sanchez, e coordenadora do projeto Ana Dias. Acompanhe abaixo as entrevistas.
Ana Dias
1) Qual é o principal objetivo do Projeto Integrar para promover a qualidade de vida?
O Projeto Integrar atua em duas frentes: a Oficina de Geração de Renda (Corte e Costura) e as Oficinas Culturais (artes e música) voltadas para crianças e adolescentes do CCA. Nosso objetivo é oferecer uma formação básica em corte e costura, com potencial para gerar renda, além de proporcionar experiências em diversas expressões artísticas. A concretização do projeto só foi possível graças à Emenda Parlamentar do Vereador Hélio Rodrigues, no valor de R$ 50.000,00.
2) O Projeto foi inspirado em alguma iniciativa anterior ou modelo já existente?
Embora outras instituições também desenvolvam atividades semelhantes, a proposta de unir geração de renda e oficinas culturais surgiu a partir do olhar atento da equipe institucional para os desafios sociais presentes em nossa realidade.
3) Como é feita a formação ou capacitação da equipe para atuar nesse projeto?
A equipe foi selecionada com base em critérios como conhecimento técnico, experiências anteriores, sensibilidade em relação à proposta e empatia no trabalho com crianças, adolescentes e a comunidade. Além disso, os profissionais são continuamente acompanhados e avaliados, garantindo a qualidade e a coerência das ações desenvolvidas.
4) Existe algum plano de acompanhamento no longo prazo?
O projeto tem duração inicial de cinco meses, mas há grande interesse em sua continuidade. Isso permitirá alcançar um número ainda maior de pessoas, contribuindo para sua inserção no mercado de trabalho e oferecendo às crianças e adolescentes uma vivência mais ampla, capaz de transformar comportamentos e fortalecer sua atuação diante da realidade social em que estão inseridos.
Evanilde
Qual é a importância desse tipo de projeto para a missão do Instituto?
O projeto Integrar para Promover a Qualidade de Vida no CCA é de extrema importância, pois garante o acesso à cultura e melhora significativamente a qualidade das atividades e oficinas oferecidas às crianças, adolescentes e suas famílias. Na oficina de costura, por exemplo, as famílias inscritas no projeto aprendem a fazer pequenos reparos em roupas, podendo transformar esse conhecimento em uma possível fonte de renda.
Que mudanças você já percebe nas crianças desde o início das oficinas?
Hoje, observamos que eles estão mais abertos ao diálogo, respeitam a opinião dos colegas e participam com mais tranquilidade e entusiasmo das atividades propostas pelo CCA.
Quais os próximos passos para garantir a continuidade e ampliação dessas atividades?
O principal objetivo é buscar novas parcerias que possibilitem o desenvolvimento das atividades com ainda mais qualidade, garantindo sua continuidade e expansão.
Silvian
1) Como a equipe do CCA recebeu a chegada das oficinas de música, dança e capoeira?
A equipe do CCA celebrou com entusiasmo a chegada das novas oficinas. O fortalecimento dessas parcerias aumentou ainda mais o comprometimento dos profissionais, que passaram a se empenhar em transformar essas atividades em momentos especiais de alegria e aprendizado.
2) O que mais tem chamado a atenção nas reações das crianças durante as atividades?
O que mais tem se destacado é a energia e a ludicidade das oficinas e dos oficineiros.
Na música, a mistura de sons e a possibilidade de experimentar novos ritmos e instrumentos despertam o interesse e revelam talentos. Na dança, os momentos de liberdade e criatividade corporal proporcionam grande satisfação. Na capoeira, os jogos, as gingas e os instrumentos despertam a curiosidade e o desejo de aprender. É perceptível o brilho no olhar de cada criança e adolescente durante as vivências.
3) De que maneira essas oficinas complementam o trabalho socioeducativo realizado pelo CCA?
Por meio do movimento, da expressão corporal e da escuta atenta, é visível o aumento da autoconfiança das crianças e adolescentes. Tornam-se mais cooperativos, exercitam o protagonismo e a autonomia — valores essenciais ao trabalho do Serviço.
4) Já teve algum retorno dos responsáveis pelos atendidos?
Sim, os retornos têm sido muito positivos. Os responsáveis relatam que seus filhos estão mais animados com a diversidade de atividades oferecidas pelo CCA e notaram mais segurança no comportamento diário e entusiasmo com o desenvolvimento de novas habilidades.
As oficinas atendem a solicitações anteriores das famílias, que se sentem ouvidas, acolhidas e gratas pelas oportunidades oferecidas. Essa parceria fortalece a confiança no trabalho realizado e no vínculo que cada criança e adolescente constrói com o Serviço.
por: redação do IMSJT