Congregação SCJ

Religiosos do Coração de Jesus

A Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) nasceu em 1878, em Saint-Quentin, França. O Fundador, Pe. Leão Dehon, era sacerdote da Diocese de Soissons, coadjutor da Paróquia de Saint-Quentin e diretor do Colégio São João.
Autorizado pelo Bispo diocesano, o Pe. Dehon iniciou o noviciado e fez a Primeira Profissão em 28 de junho de 1978. A nova Congregação tomou o nome de Oblatos do Sagrado Coração. O Fundador sentia ter recebido a graça e a missão de enriquecer a Igreja com um novo Instituto religioso apostólico que vivesse o seu modo de traduzir o Evangelho e a sua experiência de fé. Os inícios foram difíceis, e o Padre Dehon passou por diversas provações, as quais ele sempre soube acolher com humildade e grandeza de caráter, com espírito de fé e de abandono aos desígnios de Deus. Em 1884, a Congregação, depois de algum tempo suprimida pela Santa Sé, renasceu com o nome oficial de Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus.
Dez anos depois da fundação, os Dehonianos já eram cerca de 50 religiosos, estando então a sua ação circunscrita à diocese de origem. Depois de 40 anos (1928), a Congregação já contava com aproximadamente 1.000 membros e com casas e obras em vários países da Europa e da América, da Ásia e da África. Em apenas 30 anos (1960), o número de Dehonianos havia triplicado (mais de 3.000).
Mas este apogeu coincidia, na Europa Ocidental e na América do Norte, com uma profunda mudança sociocultural, caracterizada pela secularização, pela procura de novos padrões de vida, pela diminuição da natalidade e pelo envelhecimento da população. Como consequência, notou-se a redução significativa do número de entradas na Congregação.
Depois dos anos 1960, o eixo de gravitação sofreu um deslocamento da Congregação para o Hemisfério Sul e para o Oriente. Passados 138 anos da fundação da Congregação, esse deslocamento torna-se hoje ainda mais evidente.
No Hemisfério Sul, há mais de 1.100 Dehonianos.
A Congregação é internacional. No ano de morte do Padre Dehon (1925), já estava presente em 20 países dos quatro continentes. Hoje se estende a mais de 40 países. Inicialmente tudo se organizava em volta da Europa: a vida, o pensamento, a administração e os recursos humanos. A presença em outros continentes era constituída por missionários que saíam da Europa. Em nível de organização da Congregação, os territórios das missões eram considerados parte da Província-mãe da Europa. Só mais recentemente é que se tornaram entidades autônomas.
Estamos no segundo século de existência e podemos dizer que o carisma Dehoniano continua atuante na Igreja, espalhando-se em diversas latitudes e atraindo jovens dispostos a seguir o ideal de espalhar no mundo o Reino do Coração de Jesus. Nas últimas décadas, este carisma herdado do Padre Dehon estendeu-se também aos leigos e a alguns institutos seculares que, juntamente com os religiosos da Congregação, constituem a Família Dehoniana.
NOSSO CARISMA E ESPIRITUALIDADE
Amor e Reparação. “Eis o que nos pede o Nosso Senhor através de nossas obras. Amar ao Pai que tanto nos ama. Amar ao Filho que, em prova de seu Amor para conosco, cumpriu a vontade do Pai, por nós morrendo na cruz. Amor ao Espírito Santo que vela sobre nossas obras, nossos atos de amor. A reparação é entendida como um oferecimento de toda a nossa vida, nossas obras e agir, para reparar, para compensar os corações que ainda não amam ao Coração de Jesus”.
OBLAÇÃO
O Dehoniano deve ser reconhecido por atitudes que nascem de sua união a Cristo e que marcam todo o seu ser: 
Disponibilidade, amor à Eucaristia, obediência, espírito de comunhão, coragem de arriscar a vida pelo Evangelho em favor dos irmãos (sacrifício), solidariedade e gratuidade. Enfim, isso significa fazer oblação: ter um coração grande, capaz de acolher, amar e servir. Assim o dehoniano é chamado a ser e a viver.
REPARAÇÃO
Fazer reparação significa: “acolhimento do Espírito (cf.1Ts 4,8), uma resposta ao amor de Cristo, comunhão ao seu amor pelo Pai e colaboração com sua obra redentora no mundo” (Constituições, n. 23). O dehoniano faz reparação quando acolhe o Espírito que renova os corações. Na Igreja, os Dehonianos são chamados a serem servidores da reconciliação (cf. 2Cor 5,17-18). Por isso, os Dehonianos são chamados a ser “Profetas do amor e ministros da reconciliação”. (Constituições, n.7), a reparação, por sua vez, é o eixo central do “fazer”; é o critério que norteia as opções apostólicas.
Enfim a nossa missão é conduzir as pessoas ao Coração de Jesus, eis a síntese do nosso carisma: “Amor e Reparação”: “Amor” é a mística inspiradora que nos motiva e move (a comunhão que somos); “reparação” é prática eficaz (a missão que fazemos).